quinta-feira, 28 de março de 2013



Hexagrama/ Selo de salomão (estrela de Davi é diferente)

A palavra tem origem no grego e significa seis linhas ou seis caracteres (hex = seis/ gramma = linha). Portanto, uma seqüência de seis sinais gráficos (letras ou figuras geométricas, por exemplo) pode ser considerada um hexagrama.

Assim, na filosofia oriental denominada I Ching, o hexagrama possui uma representação linear.
Porém, dentro da maioria das escolas esotéricas ocidentais, o hexagrama usualmente assume a forma de uma estrela de seis pontas e é conhecido também por Estrela de Davi, Selo de Salomão, entre outros. É esta versão que carrega inúmeros significados ao longo da história e figura tanto como símbolo maior do Estado de Israel como na simbologia ocultista. Mesmo havendo distinções interpretativas entre o hexagrama com as linhas entre-laçadas e o hexagrama com os triângulos sobrepostos, as definições confundem-se e ampliam ainda mais as hipóteses das origens, significados e aplicações.




A maioria das teorias que pretende encontrar a origem específica do hexagrama está relacionada ao judaísmo. Uma delas, sem embasamento histórico confiável, faz alusão ao nome do Rei Davi. Segundo a tradição judaica, o nome Davi era escrito com apenas três letras no alfabeto hebraico: dalet, vav e dalet.





A primeira e última letra (dalet), possui uma forma semelhante ao triângulo. Se uma delas for invertida verticalmente e sobreposta à outra, forma-se o hexagrama. Mais uma hipótese é de que o hexagrama seja uma versão estilizada do lírio branco, flor de seis pétalas que é identificada como o povo de Israel no livro bíblico Cântico dos Cânticos.

Uma coisa interessante que achei é que todas as letras do alfabeto hebraico encontra-se na estrela de Davi



Outra origem refere-se ao escudo do Rei Davi, que possuía forma triangular e nele estava gravado o Grande Nome Divino de 72 Letras, juntamente com as letras hebraicas m, k, b e y (letras da palavra Macabi). Entretanto, neste caso, não há uma linha nítida que associe o símbolo ao Escudo de Davi (Marguen Davi), sendo que a expressão Marguen Davi passou a ser utilizada referindo-se ao hexagrama, apenas a partir do século XIV. Ainda, pode-se supor que o símbolo tenha surgido na época de Bar Kochba (132-135 d.C.) quando os judeus combatiam os romanos, passaram a utilizar escudos mais resistentes, nos quais foram gravados dois triângulos entre-laçados.



Entretanto, desde a Idade do Bronze, símbolos em forma de estrela, como o pentagrama e o hexagrama, já eram encontrados em civilizações distantes, tanto no aspecto geográfico como cultural, como na Índia, Mesopotâmia e Grã-Bretanha.

O mais antigo artefato judaico contendo um hexagrama de que há registro, é um selo encontrado na cidade de Sidon (Líbano), datado do século VII antes de Cristo. Mesmo que no período do Segundo Templo, os símbolos judaicos mais comuns eram o shofar, o lulav e a menorá, foram encontrados pentagramas e hexagramas em trabalhos arqueo-lógicos, como no friso da sinagoga de Cafarnaum (século II ou III d.C.) e uma lápide (ano 300 d.C.), no sul da Itália.


Friso de sinagoga de Cafarnaum



Shofar


Luvav


Menorá


Na literatura judaica, uma referência encontra-se no livro Eshkol Hakofer, do sábio Yehudah ben Eliahu Hadasi, que viveu no século XII. No capítulo 242, é citado costumes do povo que, gradativamente, foram sofrendo mutações e o símbolo assume um caráter místico: "e os sete anjos na Mezuzá foram escritos - Miguel e Gabriel [...] o Eterno irá guardar-te e este símbolo chamado Escudo de Davi é escrito em todos os anjos e no final da Mezuzá...".

A bíblia cristã, possivelmente, faz referência ao hexagrama através de uma metáfora citando animais de seis asas: "...os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite..." (Apocalipse - 4:8).
A utilização ornamental de estrelas, de cinco ou de seis pontas, estendeu-se durante a Idade Média aos povos muçulmanos e cristãos e o hexagrama é encontrado em ambas as religiões. Iluminuras de manuscritos hebraicos medievais também contêm hexagramas. Ainda na era medieval, encontram-se os primeiros amuletos de proteção em que surge o hexagrama, como no Mezuzot (pergaminho-amuleto do judaísmo).
A partir do século XIII, na Espanha e na Alemanha, encontra-se manuscritos bíblicos nos quais partes da messorá (tradição oral judaica) são escritas em micrografia, em forma de hexagrama. Até o século XVI, os sábios cabalistas acreditavam que o símbolo não deveria ser desenhado com simples linhas geométricas, mas sim composto com determinados nomes sagrados e suas combinações.


Em 1354, o rei da Bohemia, Carlos IV (Karel), concedeu à comunidade judia de Praga, o privilégio de uma bandeira, que foi confeccionada num fundo vermelho e o hexagrama, centralizado, em dourado. Dessa forma, o símbolo, conhecido também como Marguen Davi (Escudo de Davi), adquiriu uma conotação religiosa e tornou-se também uma referência do estado.

A partir do século XVII, o hexagrama tornou-se emblema oficial de várias comunidades judaicas. Em meados do século XVII, em Viena, foi gravado sobre uma pedra que delimitava os bairros judeus e cristãos, juntamente com uma cruz. Quando os judeus foram expulsos desta cidade, levaram o símbolo para as outras cidades, como a Moravia e Amsterdã. No ano de 1799, foi utilizado para representar o povo judeu em uma gravura anti-semita. No decorrer dos séculos XIII e XIX, algumas instituições, como as sociedades beneficentes, usavam o símbolo em seus documentos. Em 1933, sob a decisão de Adolf Hitler, a Estrela Judaica (como os nazistas, pejorativamente, referiam-se ao símbolo) foi utilizada nas vestimentas dos judeus para que fossem facilmente reconhecidos. Apenas em 1948, o hexagrama foi adotado pela bandeira do estado de Israel e tornou-se a maior referência do judaísmo.




Além de ser um símbolo que representa uma nação, ter sido considerado um "símbolo de desonra" no Terceiro Reich, e utilizado por instituições independentes ao longo da história, o hexagrama também traz um forte apelo ocultista.
Segundo a obra de Albert G. Mackey sobre a maçonaria, The Symbolism of Freemasonry os dois triângulos entrelaçados representam a união das forças ativa e passiva na natureza, os pólos feminino e masculino, yoni e linga (representações dos genitais no hinduísmo). Sendo o triângulo voltado para baixo o símbolo do princípio feminino e o triângulo voltado para cima representando o princípio masculino. Portanto, nesta interpretação, o hexagrama possui um simbolismo sexual. O hexagrama também foi adotado na Maçonaria do Arco Real e, neste caso, segundo o autor maçom Wes Cook, o símbolo representa equilíbrio e harmonia.
Há também uma interpretação na qual o triângulo voltado para baixo representa o céu e o segundo triângulo simboliza a terra, de forma que um interfira no outro. Supõe-se também que as seis pontas representariam o domínio celeste sobre os quatro ventos, sobre o que está em cima e sobre o que está em baixo na terra.
Na Cabala judaica, o hexagrama faz alusão às sete emanações divinas (sefirot) inferiores. Cada um dos triângulos que formam os lados da estrela representam uma emanação e o centro dos triângulos maiores sobrepostos, representam a emanação denominada Malchut. O filósofo Franz Rosenzweig atribui um outro significado. Rosenzweig afirmou que um dos triângulos seria a representação da base de "focos", que caracterizam o pensamento do mundo (Deus), o homem e o mundo. O outro representaria a posição do judaísmo nestes assuntos, referindo-se aos três fundamentos principais da religião: a Criação (a relação entre Deus e o mundo), a revelação (relação entre Deus e o homem) e a redenção (a relação entre o homem e o mundo).

Numa outra interpretação, provavelmente de base alquímica, os triângulos componentes representam a água e o fogo, e a junção destes elementos, normalmente associados à figuras de animais. Há ainda suposições menos plausíveis associando o hexagrama à ritos "satânicos", ou como um poderoso instrumento para evocações e conjurações malignas em círculos de magia negra, ou associá-lo à pegada de um suposto demônio conhecido por Trud, e o usavam em cerimônias tanto para conjurar demônios quanto para mantê-los afastados. Ainda, pode-se encontrar o número 666 ao se considerar as duas faces de cada um dos seis triângulos externos, no sentido horário e anti-horário (6 e 6), e as seis linhas que compõem o hexágono interno (666). De qualquer forma, dentro dos círculos ocultistas, o hexagrama geralmente é visto com alguma palavra ou símbolo gravado em seu centro para ser aplicado numa situação específica, como potencializar um ritual ou evocar alguma divindade.



Outras representações da estrela 



O hexagrama tambem simboliza a alma humana, sendo utilizado por magos cerimoniais para encantamentos, conjurações, sabedoria, purificação e reforço dos poderes psíquicos.Simboliza os processos de involução e evolução. Com efeito, o triângulo que aponta para baixo, apresenta a involução da energia divina que desce, ao passo que o triângulo voltado para cima indica a ascensão dos seres.

É utilizado também como amuleto. Representa o casamento perfeito entre masculino e feminino, compreensão entre sexos.



Outra estilização do simbolo se encontra no simbolo maçonico (  O
compasso e o esquadro)
Procurei pelos significados do "G" no simbolo,onde se encontra o exagrama e achei algo:



"O G.'.A.'.D.'.U.'.(Grande Arquiteto do Universo)" , com sua mão formando um a compasso e a espera de um esquadro que o complete..."






“G.A.D.U” é a abreviação de "Grande Arquiteto do Universo". O “G” inscrito nas figuras maçônicas seria a abreviação de “G.A.D.U” (ou seja, a abreviação da abreviação).

Mas... vai saber é tanto mistério que podemos estar enganados.


Tambem há o "Zeir Anpin - o Mundo superior", das 10 sephiroth existentes, 6 delas em particular (Geburah, Chesed, Tipheret, Netzach, Hod, Yesod) estão firmemente envolvidas e formam a dimensão conhecida com Zeir Anpin , que é o portal que liga o mundo físico ao mundo espiritual.


(Explicação rápida do que são Sephiroth (cujo singular é Sephira) são as dez emanações de Ain Soph na cabala. Segundo a cabala, Ain Soph é um princípio que permanece não manifestado e é incompreensível à inteligência humana. Deste princípio emanam os Sephiroth em sucessão. Esta sucessão de emanações forma a árvore da vida.)


Agora ligando essas 6 sephiroth, conectando os pontos traçando uma linha...




Mas, uma está faltando,a ponta superior do hexagrama não está ligada a nenhuma sephira.Nesse lugar em branco que forma a ponta superior do hexagrama, existe uma sephira oculta chamada Daath, a Sephira invisível, que liga o plano espiritual ao plano divino. Dessa forma conseguimos interpretar melhor a profundidade do significado do hexagrama, e sua representação.

Concluímos que,Zeir Anpin é representado pelo hexagrama.Também descobrimos que Zeir Anpin é composto, não apenas por seis, mas sim por sete sephiroth.



O hexagrama representa muita coisa, mais uma, fica clara: são os opostos em junção e harmonia, "assim encima como embaixo". 

E um simbolo de proteção mais também "ataque".


Fonte: http://ponteoculta.blogspot.com.br/2010/04/sobre-o-hexagrama.html
http://www.spectrumgothic.com.br/ocultismo/simbolos/hexagrama.htm

By: Gothic Vampire

Que sejam eternos os 17.

Um comentário:

  1. Boa pesquisa...mas concordo que Estrela de Davi não é entrelaçadas e a Mistíca sim. Mas algumas "Sociedades" usaram no sentido original e muitas distorceram, usando suas próprias filosofias e entendimento...ou mesmo mentiras e enganos!

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