sábado, 1 de fevereiro de 2014

GATOS (Gato preto/Grécia,antiga Roma e Egito


O gato preto na europa sempre esteve marcado pela velha superstição que remota a muito tempo atrás, desde a Idade Média. Mas o curioso é que esta mentalidade não desapareceu com o passar do tempo, mas permaneceu até aos dias de hoje, em que ver um gato preto é para muitos um sinal de mau presságio.
Infelizmente foi o gato que tem sido a principal vitima desta superstição, com resultados muitas vezes trágicos para ele.
A origem da “lenda negra” não é culpa dos próprios gatos. A culpa é de absurdas crenças que relacionavam este tipo de gatos a algo maligno.
Ao início, o gato era um felino selvagem. Na Europa, o gato-montês da Eurásia estava muto difundido. Os seus olhos eram de um verde dourado e levaram-no a ser perseguido na idade media, tal como os olhos que tinham os olhos verdes e cabelo ruivo, sinais (segundo se pensava nessa época) relacionados com o diabo.
Os Cruzados utilizaram os gatos para lutar contra as invasões de ratos negros que os mesmos tinham importado nos seus barcos, trazidos do oriente. O gato propagou-se. Converteu-se no protetor do Homem porque acabava com os ratos portadores de peste. Durante as granes epidemias, o gato era um aliado muito valioso.
No entanto, em vez de reconhecer o mérito destes gatos, na europa, o gato preto foi relacionado, pelos Ingleses, a crenças diabólicas. Desde a Idade Média, a Inquisição, e a perseguição Inglesa do gato preto associando-o às bruxas. Os ingleses queriam lutar contra os rituais pagãos, profundamente enraizados nas pessoas, e inventaram a imagem de que o gato preto era demoníaco. Para os ingleses simbolizavam o mundo da escuridão que afastava o bom cristão do caminho correto. Difundiam que participava em congregações e que era a representação perfeita de Satanás.
Em 1561 um processo acusava as mulheres de se transformarem em gatas para continuarem a realizar congregações. Estes processos acabavam sempre com a morte das acusadas, mas também com a dos pobres animais, que eram julgados como pessoas.
Por volta do seculo XVIII as mentalidades europeias começam a evoluir, embora lentamente. Esta evolução deveu-se, sem dúvida, à importação do oriente de gatos Angorá e gatos Persas. Em 1765 fundou-se a primeira escola veterinária, uma revolução enorme visto que a ideia de cuidar de um animal era completamente nova. O estudo do mundo animal assinala o fim de muitos seculos de ocultismo em que os gatos pretos foram desprezados.


 

Durante todo o período do Antigo Egipto, os gatos foram tratados com o máximo respeito. Para os egípcios, os gatos eram uns animais insubstituíveis. Para eles estes eram animais protetores, fiéis companheiros, companheiros de jogos, e inclusive reincarnações divinas.
Os gatos começaram a ser domesticados à mais de 4.000 anos, embora não se tenha começado a fazer-se para os ter como mascotes. O papel dos gatos era o de “protetor das culturas”. O gato percorria os campos e eliminava, sem contemplações, todos os ratos e ratazanas que pudessem danificar o fruto do trabalho dos agricultores. Isto fazia com que os gatos fossem muito respeitados e venerados por todas as classes da população egípcia.
Para os mais pobres, o gato era tão importante que, inclusive em tempos de pouca comida, preferiam eles passar fome do que o gato. Para as pessoas mais ricas, o gato não tinha só esta função. Para eles, estes animais eram um entretenimento e uma distração.
Falando da relevância que os gatos tinham nesta época, é importante saber que o gato é o animal mais representado de todo o Egipto. Em pinturas, estatuas, joias, etc.
Os gatos eram um dos poucos animais capazes de aceder ao privilégio da mumificação, tal como os seres humanos. Na maioria dos casos, as pessoas mais influentes do Egipto quiseram ser enterrados com eles, para que os acompanhassem durante a vida eterna. Em Bubastis, uma cidade de culto da deusa Bastet, seculos depois, encontraram-se milhares de múmias de gatos.
No antigo Egipto os gatos chegaram a considerar-se sagrados e estavam protegidos pela lei. Por exemplo, estava proibido aborrecê-los ou mesmo insultá-los. Havia mesmo leis que proibiam que se pudesse exportar gatos para fora do Egipto. Esta lei tinha inclusive a pena de morte.
O gato foi considerado inclusive como a reincarnação dos deuses na terra. Desta forma, a deusa Bastet está representada com a cabeça de um gato, e é a deusa do amor, da ternura e também a protetora da humanidade.



Embora a exportação dos gatos estivesse proibida no Egipto, parece que alguns comerciantes fenícios e macedónios conseguiram importar alguns exemplares de contrabando na Grécia. Embora não seja isso que diz a lenda.
A lenda diz que após as repetidas negações dos egípcios às petições dos gregos para exportar gatos para a Grécia, estes roubaram 6 pares de gatos e levaram-nos. Alguns meses depois, as primeiras ninhadas nasceram em terras helenas. Anos depois destas primeiras ninhadas, os comerciantes gregos exportaram gatos aos romanos, aos gauleses, e aos celtas, até que a espécie se expandiu por todos os países mediterrâneos.
Na Grécia, antes da chegada do gato eram as martas, doninhas e furões que se encarregavam de velar pela saúde das terras de ratos e ratazanas. Por isso, os primeiros gatos foram adotados mais como animais de companhia, embora pouco depois passariam eles a cuidar das terras, já que eram bons caçadores e eram muito mais doceis, amigáveis limpos e cheiravam melhor que os furões ou as doninhas.
Embora continuassem a utilizá-lo como animal de companhia, esta posição estava bem ocupada pelos cães ou grilos, que eram as mascotes preferidas dos antigos gregos.
Como evidência doa passagem dos gatos pela antiga civilização grega, temos citações nas escrituras de Herodoto, Aristófanes ou Calímaco, decorações pictóricas em jarrões ou um baixo-relevo da Batalha de Maratón (seculo V antes de cristo) em que está representado um gato a enfrentar um cão.
Para os romanos, os gatos foram caçadores e animais de companhia. Embora ao início apenas as famílias ricas pudessem ter um, este animal era tão prolífico que, pouco a pouco, todos os romanos que quisessem, podiam ter um.
Este pequeno felino foi muito bem acolhido entre os soldados romanos, chegando a levá-los em muitas campanhas. Durante estas campanhas muitos gatos foram “ficando” pelo caminho, o que ajudou na propagação deste animal por toda a Roma Antiga.
A chegada do gato às ilhas britânicas deve-se aos comerciantes fenícios que os introduziram na ilha

Fonte: http://www.gatosmania.com

By: Kami GV


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