domingo, 8 de julho de 2012



Raízes do vento 

Óh  melodia...
Tao sombria quanto asas do corvo 
Tao doce quanto a noite fria
Faz minha alma flutuar,
Lembrando-me que o corpo é apenas um estorvo


Encravada como os galhos de arvores
Escorre seco o pó das vidas do passado
Nele negro são as flores 
Pelas coisas feitas sem ter pensado


E mente que a mim engana
Mostra-me suas belas esculturas mortas
Fazendo de mim poço das loucuras
Que a muitos chamam de insana


E o que guardam seus baús das surpresas?
Cativam a mim com suas sereias
Para perto escorrerem meu sangue com suas presas
Então sobra a mim seu sufocante calor do deserto, e suas areias


Nada contam
Nada transmitem
São apenas bocas mudas que não cantam
Nem ao mal que as agridem 


O espelho corre livre
Refletindo seus rastros na estrada da escravidão
Faço dele uma arma que vive
Não apenas de solidão 


E tão triste esta historia é
Fazendo com que suas lagrimas gentis escorram
E raízes que sua terra procuram,
Mas que só encontram o vento


E que o vento as suas belas pétalas sopram...
-Morram...


Que sejam eternos os 17.


By: Gothic Vampire

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