domingo, 28 de abril de 2013
Tragédia eminente
Levantar todo dia...
Escola
Trabalho
Se olhar no espelho e ainda ter de dar um sorriso quebrado
As marcas sempre aparecem
De uma forma ou de outra
O que veem é apenas a ponta do iceberg
Meu corpo caminha em lamento
E arrasta-se pela dor latente invisível
A boneca de porcelana contem assombrações
E lembro-me da renda negra bem bordada sobre meu pescoço
O nó se faz sobre meu ar
Já não sinto o gelo sob meus pés prestos de sangue coagulado
Sigo as vozes em abandono para minha sina
Olho a mim mesma no reflexo mal feito
Parte intacta e parte despedaçada
A nevoa cobre seus olhos
E meus pulsos dançam esguichando sangue pelo meu templo
O sol não importa
Você não fica apenas de luto a noite
É como um desespero amargo que enegrece seus olhos e sua alma
Dando a sensação de cair em pequenas folhas de cinza
Minha alma se esfarela enquanto meu corpo ainda caminha
O desespero toca a minha carne desgrudando-a uma da outra
Me alivia o liquido quente pingando-me
O arder esvazia a dor da alma
E no corpo ficam suas lembranças
Olho para a mesa e o crânio sobre ela
É a morte olhando a si mesma com carne sobreposta
Livros empoeirado e historias esquecidas
Instrumentos desafinados
E mãos sem pratica
Nada sobre marcas as apagam
Nem sorrisos, nem momentos
Elas estão sempre la, expostas e esperando por perguntas mal intencionadas
No fim,
Alguns estão destinados a tragédia.
Que sejam eternos os 17.
by: Gothic Vampire
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