terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Saudações almas vagantes! noite passada escrevi um conto. Não sou escritora nem sei se há erros gramaticais, mais espero que gostem. E gostaria que deixassem comentários. Criticas construtivas. Pode ser? Boa leitura.
Susana e seus demônios
Eu estava inóspita. Ninguem imaginaria que minha vida acabaria assim, mas por fim, aqui estou no terreno mais seco de minha mente olhando os arbustos esfarelando-se em cinzas negras. Ninguem disse que seria fácil, mais também não disseram que seria terrível. Por fim essa não é minha morte, é meu nascimento.
Acordei de um pesadelo, na verdade “O pesadelo”, tenho ele dês de que tenho consciência de vida. Nele estou em uma floresta sozinha, estou correndo e correndo mais parece que o que me persegue sempre chega mais rápido. Via o rosto de um lindo jovem sempre comigo, seu cabelo era preto como a noite sua pele branca como a lua, e seus olhos... ah seus olhos eram de um azul tão profundo que quase me esquecia que estava fugindo. Ele gritava:
- Deixe natureza agir!
Mal escutava-o e logo sentia-me sendo sufocada, vejo dois olhos cor de prata, então e lua se transforma em sangue, o uivo de um lobo se levanta. Olho em seus olhos e quando estou para ver seu rosto eu acordo.
Aquela tarde dispensei qualquer tentativa de convite para “uma tarde de meninas”, e mergulhei-me em livros. Suas paginas eram conforto a meus pensamentos, o cheiro, a textura ah tinta... ah... era como suaves brisas imaginar a pena com tinta deslizando, e se fixando em papel. O preto fosco, a encadernação de couro. Poucos eram os livros antigos escritos a mão, e é claro a “disponibilidade” deles, ninguém precisava saber que um livro estava faltando em sua grandiosa e tediosa coleção. Sr. Trebian um escritor excêntrico, e também professor, comprava mais livros do que o próprio sustento. Não o culpo, faria o mesmo se não me faltasse o essencial para isso. Mais o que estou querendo? Ser milionária aos 17 anos ? É talvez fosse o que eu quisesse.
As letras em estilo gótico me causavam fascínio, e seus desenhos que pareciam ser feitos risco por risco espanto. Talvez não tivesse paciência para tanto, talvez meu dom seja apenas para ler as palavras escritas por outros, desejar os desenhos feitos por outras belas mãos. E imaginar cada movimento dela, cada curva, cada toque. A quem estou enganando não possuía nada que fosse belo a outros olhos que não fossem os minha mãe ou talvez minha gata safira que parecia mais um cão de guarda do que uma gata domestica.Ela parecia gostar de tudo que mostrava a ela. Isso me assustava as vezes. Aqueles grandes olhos azuis em pelo branco, sempre me olhando, sempre me esperando. Talvez gostasse mesmo de mim quem sabe. A historia do livro era sobre uma garota no sec. 18, estava tão entediada e sufocada pelo vestido quanto eu em minha medíocre vidinha.
Escutei uma pedrinha na janela. Que ótimo, como se não bastasse o castigo que ganhei mês retrasado de um mês sem sair,pelo meu sumiço de dois dias perdida em uma clareira na tentativa frustrante de Midori achar os demônios da floresta que sua mãe contava quando estavam no Japão, agora talvez fique o ano todo. Que ótimo.
-Susy!!!!!!!
Se ela pretendia me tirar de casa em segredo seu plano já tinha ido por agua abaixo, minha mãe conhecia aquela voz estridente a dois quarteirões.
-Susana, me diz por favor que não é a voz da Dori, diz que só esta em minha mente e não em sua janela.
Minha mãe tinha acordado, logico que tinha.
-Dori sua mãe sabe que você esta essas horas na rua gritando e acordando os vizinhos?
Minha mãe não tinha percebido mais ela também estava gritando pela janela, o que as deixavam quites
- OOOi Tia Bell linda, tia preferida do meu coração tudo bem com a senhora? A minha mãe com certeza sabe que estou aqui pedindo por gentileza que deixe Susy posar em minha casa para estudarmos pra prova de amanha, você deixaria tia?
Eu tinha que admitir aquela carinha de cachorro sem dono e a voz macia e gentil, pra não dizer melosa que Dori fazia quando queria conseguir as coisas, realmente funcionava, não sei como mais funcionava.
Minha mãe mudou rapidamente a face carrancuda e desconfiada para a tentativa de retribuir a mesma gentileza com um sorriso.
- Pode entrar Dori a porta esta aberta, se vocês vão estudar, então andem logo, se não vai ficar muito tarde!
Era inacreditável eu queria ter essa habilidade maléfica que Dori tinha, talvez fosse o olhinho puxado, era meigo. Ou ela era uma assassina fria que ganhava o amor de suas vitimas para depois estripa-las em um beco qualquer. Talvez eu tenha lido livros de mais por essa semana.
-suuusy! Eu...
Ela paro na porta do meu quarto olhando pra tudo em volta talvez tivesse colocado coisas novas, não que eu me lembrasse, ela me puxava de casa sempre,nunca ficávamos mais de 15 minutos em casa se ela estava preparada para uma noite de aventuras.
-Nossa! Pra quem diz que não gosta de aventura e caça a demônios seu quarto parece bem mais sombrio do que você demonstra, talvez sua mente seja tão sombria quanto os livros que você le dia e noite. E no fim, eu sei que você pensa em me matar, banhar-me em meu sangue para continuar jovem! Eu tenho certeza que ninguem iria sentir falta de alguém tão linda, esbelta e super talentosa como eu não é mesmo?
Não pude deixar de rir mais meu sorriso não passou entre meus lábios. Continuei a arrumar mais uma vez as roupas que ela me obrigava uma vez por mês a por na mochila de aventura, a palavra aventura deveria ser tirada do dicionário, estava cansada de escuta-la.
- Susy a sua lerdeza é tamanha que pra morrer você levaria uma semana hahaha!
-Piada antiga Dori há-há que engraçado
-Meu deus que falta de senso de humor nem parece que nós vamos para uma caçada aos demônios!
-Shh!!! Você ta ficando maluca quer que minha mãe escute? você não vai esquecer essa historia ridícula de demônios? Tudo que agente encontro foram bichos estranhos querendo entrar em nossas mochilas um castigo de um mês e seus 5 pontos no braço por querer pular aquele precipício com um cipó, foi muita sorte sua ter saído viva Dori não tente me matar!
-Qual é Susy você esta de mal humor?
-Não estou de mal humor!
-Esta de TPM? Porque se você estiver eu acho que eu tenho aqui na minha...
-NÃO Dori! não estou, só estou cansada de suas aventuras loucas, tanto com demônios, como quando você me convenceu de que o Mr. Trebian era um vampiro!
-Mas vamos combinar, o cara é pálido que nem papel, compra mais livros que comida, anda sempre com aquele cantil que não me engana Susy eu acho que tem sangue la dentro! E pra finalizar ele é professor. Você tem que ter uma longa vida pra desperdiça-la sendo professor.
Olhei pra ela com a cara mais irônica que pude, vendo aquele cabelo liso escorrido pintado de verde. Ela dizia que era pra se parecer com a mata quando procurasse pelos demônios. Onde estava com a cabeça de sair com uma garota assim? No fundo agradeci por ela fazer parte de minha vida, sem ela o mundo seria muito mais difícil, e negro.
- Você venceu Dori vou pra onde quiser essa noite.
-weeepp!!!!
Ela deu pulinhos no ar como se fosse uma criança que acaba de ganhar uma promessa de viajem a Disney.
Duas horas depois estávamos no meio da mata, com duas lanternas, suprimentos que não passavam de salgadinhos de saquinho e refrigerante em lata. Se não achássemos os malditos demônios dessa vez eu iria virar um e mata-la. Em pensamento, claro.
-Dori vamos descansar um pouco meus pés estão me matando.
Eu sentei em um amontoado de folhas não me importando com aranhas, cobras ou seja la o que for, sentaria até em uma armadinha de urso com aquela dor nós pés. Então olhei para os lados e percebi que estávamos já bem longe de casa as arvores tinham o tronco bem grosso e uma camada grossa de musgo cobrindo parte delas, tanto no alto quanto os troncos caídos. Estava muito escuro mesmo em noite de lua cheia, as arvores tampavam metade da luz.
-Mais você é uma sedentária mesmo não é ?
Disse Dori com as mãos na cintura fingindo cara de brava
-Desculpe se não sou selvagem como você que sobe as montanhas do himalaia só com as unhas das mãos, eu preciso de descanso e se eles forem aparecer vão vir onde estivermos não é?
-Esse é o espirito! Que venham até nós
Dori tirou tanta coisa daquela mochila que duvidei por um momento se ela realmente não fazia bruxaria hahaha. Faca, bussola, salgadinhos, refrigerante, corda, frigideira, querosene, fosforo, uma blusa de frio, um travesseiro pequeno, entre outras coisas. Então começou a estender os sacos de dormir, mais claro não seria pra dormir. Acendeu a fogueira e começou a arrumar uma rede feita de fios de... não sei do que eram, parecia nylon ficavam invisíveis a noite, colocou o travesseiro no saco, uma peruca no travesseiro, espirrou um pouco de perfume e jogou um liquido que nem quis perguntar o que era.
Então subiu na arvore como se fosse realmente uma fera e amarrou a armadinha um pouco acima nos galhos. Desceu e saltou.
-Dori estou começando a ficar com medo dessa sua obsessão
-Não é fantástico!?
Por um momento cheguei a duvidar de sua sanidade, mas a carinha de gato fofinho dela me tranquilizou, e olha que temos a mesma idade.
Passou-se mais o menos uma hora, eu estava comendo meus salgadinhos enquanto ela assava salsichas para o cachorro quente, e batatas assadas ao fogo. A subestimei quando achei que só havia salgadinhos.
-Você não gosta desse silencio? E ao mesmo tempo o som da mata Susy ? é como estar no coração de algo vivo, batendo a cada barulho de grilo ou piado de coruja.
Ela não era a única filosofa por ali
- Eu gosto sim Dori, sinto como se tudo fizesse parte de uma única coisa, eu gosto das noites com você, me lembra de que realmente vivo e não só sobrevivo em minha mente melancólica de uma garota de 17 anos, que as pessoas julgam.
-Nossa acho que os salgadinhos tinham algum ingrediente a mais hahahaha
A risada dela foi tão gostosa que me contagiou e em poucos segundos estávamos chorando de rir por algo tão bobo como duas garotas sozinhas procurando por encrenca.
Nossa risada foi calada pelo som cortante da corda sendo erguida com o saco de dormir.
-Dori fica aqui vou ver se tem algo ali pode ser um animal
-Nem pensar! Você não vai ficar com toda diversão!
Não tive tempo de contesta-la algo colocou as garras pra fora da rede e empurrou Dori a uns 7 metros de distancia. Eu congelei não sabia o que fazer e aquela grande sombra estava cortando as cordas. Não era incrível? Quer dizer era possível ? Dori realmente fez uma armadinha e pegou um dos demônios que queria? Será que ele iria puxar nossos colchoes um por um pra ele enquanto nós dormíamos ou uma de nós estivesse distraída ?
Eu não sabia o que pensar não sabia se corria, se ficava, se atacava, se ia ver se Dori estava bem. Por fim ele se decidiu por mim, vi seu corpo esguio saindo entre as arvores vindo em minha direção, meu corpo estava congelado meus pés outra hora doendo pareciam que faziam parte da terra como raízes profundas que nunca mexeriam. Por mais incrível que pareça eu não estava com medo, estava com raiva, e como o fascínio que sentia pelos personagens dos livros, nele eu senti o ódio dos vilões esperando que se dessem mal no final.
Ele chegou mais perto de mim não consegui-a vê-lo, mais tive uma leve impressão de que o conhecia, suas mãos prenderam meu pescoço e senti um forte cheiro de ferro como o gosto do sangue, mas logo em seguida senti um cheiro conhecido, cheiro de perfume, MEU perfume, Dori sua maldita era meu perfume você pegou e espirrou, meu perfume!
Ele me levantou prendendo minha respiração com sua mão forte, e realmente meus pés foram cobertos por raízes, não sei exatamente como isso aconteceu, não sei se passei anos olhando para aquela figura ou se eu havia morrido, ou estava em coma sonhando com essa lembrança. Mas havia raízes prendendo meus pés. Ele me enforcou fazendo pressão até as raízes se soltarem. Então ele disse:
- A floresta não gosta de invasores, principalmente aquelas que não pedem permissão para entrar, devia tomar mais cuidado moça. Quando entrar na mata peça permissão, quando roubar um livro não use perfume.
Era ele! Sr. Trebian aquele velho babão me seguiu até la por causa de um livro! Desgraçado! Minha melhor amiga podia estar morta por causa de um livro! Me senti culpada por um momento mais a raiva tomou conta de meu corpo, comecei a espernear e chuta-lo mais ele só ria cada vez mais alto. Por fim me jogou no chão e me rodeou como um leão rodeia a presa.
Passando a mão pelo pescoço gritei:
- Se você quer a porcaria do seu livro, velho nojento eu te devolvo! Mais se você machucou a minha amiga eu juro que sua vida vai durar bem menos do que o resto que ainda lhe sobra!
Ele apenas sorriu
-Pra uma garota que não gosta de aventura você lê bastante, lê para fugir da realidade? Prefere as aventuras dos outros ao invés da sua? Um pequeno rato se torna feroz aquando encurralado.
Ele continuava com as perguntas, estava me confundindo!
-Cala a boca! Você vai ir preso ta escutando? você seguiu e agrediu duas menores e vai pra cadeia!
Ele chegou tão rápido em meu corpo que nem tive a oportunidade de piscar
- Que animalzinho mais petulante! Mais a admiro.
Ele estava novamente com as mãos em meu pescoço
-Tire as mãos do meu pescoço esta me machucando!
-Pelo pescoço eu sinto você, sinto suas emoções, seu sangue, seu coração, sua vida. Na verdade o pescoço é como uma fonte, para alguns da juventude para outros de prazer doentio. Pra mim uma ligação entre eu, e você.
O que ele estava pensando ? ele era um velho pervertido? O que iria fazer comigo, desejei ter a faca de Dori mais perto.
Meu desejo foi atendido, Dori surgiu como um fantasma das folhagens com sua faca ninja a enfiou bem no estomago dele. Realmente o cabelo verde funcionava na camuflagem.
Eu fiquei em choque quando a faca caiu em pequenos pedaços no chão, como se ela tivesse acertado pedra.
-Aaaaaaaaaaa! DEMÔNIO MALDITO!
Ela gritou em agonia, seu pulso havia entortado para traz, quebrado com certeza.
Corri para junto dela e mandei não mexer tínhamos que volta-lo e imobiliza-lo não sabia exatamente o que fazer, faltei nas aulas de primeiros socorros. Maldita hora que matei aquela aula idiota.
Já tinha me esquecido dele quando começou a se aproximar lentamente, o que eu ia fazer ? o que ele era?
Já estava entrando em pânico quando Dori começou a murmurar algo estranho, em outra língua, não conhecia japonês mais tinha certeza que não o era.
-Aaaaaaaaaaaa! Pare! Por favor! NÃO!
Seu grito era estridente. Ele começou a se retorcer no chão seus membros faziam um giro impossível para o ser humano sem quebrar todos os ossos e distender músculos.
Ela realmente encontrou, Dori pegou um demônio e sabia combate-lo.
Quando ele estava quase totalmente estendido no chão eu vi seu rosto. O rosto do velho começou a cair como se fosse borracha derretendo e depois o vento o soprava como papel
-DORI PARE!
-Já posso te internar em um manicômio ou você tem opções ? ele esta quase acabado não esta vendo?
E começou a murmurar novamente
Ele se retorcia, e como o desespero que senti quando ele me pegou ou acertou Dori, agora eu estava sentindo ao vê-lo morrer.
-Dori me perdoe
Dei uma pancada com um pote de vidro em sua cabeça, ela desmaiou e o demônio ou seja la o que for parou de gritar
-Obrigado Susana
Disse o monstro
Eu estava espantada como a voz dele podia ser tão apavorante e agora tão gentil, sei que iria me arrepender pelo que fiz com Dori, mais eu não podia deixar ele morrer, tinha algo, algo que me lembrava uma coisa que nunca vi, mais eu lembrava.
Ele estava voltando os pulsos no lugar com dificuldade e seu rosto parecia uma folha de papel que havia se queimado. Não reparei até aquele momento mais todo o chão estava coberto de cinzas negras como em um incêndio.
Cheguei perto dele, não tinha mais medo, não sei dizer mais algo mudou.
Ele olhou pra mim e seus olhos estavam cegos. Me abaixei e comecei a remover os farelos de pele de seu rosto, não conseguia vê-lo direito, estava ventando e as arvores balançavam cobrindo a luz da lua. Ele nem se mexia quando eu o tocava, parecia que estava gostando de meu toque, e para minha surpresa, eu também estava. Quando terminei de tirar os farelos de seu rosto ele já não era de um velho, era de um jovem de minha idade, talvez um pouco mais velho. Então os olhos cegos me olharam e se fecharam, em cinco segundos se abriram e eram aqueles olhos, eram os olhos azuis de meu sonho, era o jovem que gritava enquanto eu corria pela mata. Era ele!
- Olá
Disse ele sorrindo
Pulei espantada não estava entendendo, por que? Quem era ele?
- A pergunta não é quem sou eu, e sim quem é você? Vou mostrar
Dispensei o fato dele ler meus pensamentos
Ele colocou a mãos em meu peito, meu coração pulava. Então deslizou pra cima em meu pescoço e pousou em meu rosto.
Tive visões de um tempo onde não vivi, mas la estava eu,em no vestido apertado de época, nos jardins verdes, em um lugar que não sei onde era. E la estava ele com um sorriso no rosto vindo me pegar no colo
-Nós disfarçamos bem minha querida Susan
Ele me beijou como nunca senti o beijo de ninguém, era como se nossas almas se entrelaçassem nesse beijo.
A visão acabo e eu estava na mata beijando-o como se o amace loucamente. O velho que morava no fim de minha rua dês de pequena, estava ali, era um jovem era o jovem de meus sonhos.
Quando o soltei meu pescoço doía havia sangue em toda minha roupa, havia sangue em minha boca.
Lembranças vieram a minha mente, eu queria mais que aquela vida que levara, por fim fui morta em chamas no passado.
-Eu sabia que regressaria! por isso estive por perto me disfarçando como um velho... como o vento, como um gato.
Gato! Ele era aquele gato maluco a safira que embora nunca me preocupasse em ver que sexo era, na verdade era homem!
-Você sempre desejou o mundo, tudo que eu dera a você parecia não ser suficiente, você sempre queria mais, queria aventuras, queria êxtase, queria excitação, queria sangue, queria vida! Por fim você mesma se entregou a morte desejando renascer.
Isso explicava muitas coisas em minha vida meu gosto excêntrico por coisas sombrias, livros, historias, e talvez só talvez, quem Levou Dori pra essa ultima aventura tenha sido eu.
- O livro que você pegou na verdade era meu diário, nunca a deixei ler, pensei que se lesse nessa vida talvez lembrasse de algo mais sua mente continuava fechada então tive que agir, fazendo seu outro lado despertar a força.
Um diário claro... quando me perdi em pensamentos percebi que tudo a minha volta começou a mudar. Comecei a sentir o vento diferente, os grilos pareciam estar em meus ouvidos, sentia cheiro de terra, sentia cheiro de animal, e o principal, sentia cheiro de humano.
-O que você fez comigo!?
-Só devolvi o dom que sempre lhe pertenceu.
Fiquei assustada por um instante mais logo todas as lembrança de minhas vidas começaram a voltar. Tudo passava muito rápido como imagens de filme.
Dori acordou olhou para nos e começou a gritar por mim
-Susy! Susy!!!!
Eu estava bem ali mais não era mais Susy, Susana, nem ao menos Susan de outra vida
Corri atrás dela, quando percebi que já havia passado voltei e comecei a correr em tempo mais lento, quem era a lerda agora?
Eu sentia o cheiro dela eu ouvia sua respiração , eu tentava parar, algo lutava dentro de mim, ela era minha melhor amiga o que iria fazer com ela?
Mas logo começava a correr de novo
Então vi ele, meu doce anjo correndo comigo, ele dizia, não gritando mais em um tom bem claro:
-Deixe sua natureza agir.
E sorria pra mim
Nós não tínhamos nomes, nós não tínhamos lugares.
Dori tropeçou e gritou de dor ao cair em seu pulso quebrado. Me aproximei lentamente e agarre-a, ele tinha razão pelo pescoço se sente tudo. Então eu vi pelos olhos de Dori minha própria imagem, a imagem que tentava ver sempre em meus pesadelos. O rosto foi se aproximando da luz da lua, os cabelos voaram e os olhos de prata apareceram
Os olhos de prata, eram meus.
By: Gothic Vampire.
Que sejam eternos os 17.
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