segunda-feira, 20 de agosto de 2012



História do violino

Saudações
Como o violino me serviu de inspiração para alguns de meus poemas,e algumas... "viagens" da mente. Decidi fazer um post sobre sua historia.
Amo o som desse instrumento, assim como pode ser tocado um som mais sombrio, também esta em diversos filmes com uma trilha sonora que inspira o desespero.
Fascinante e aterrador. Muito atraente.

Na língua italiana encontramos as expressões “Viola da Braccio Senza Tasti”; em alemão “Geige”; em francês “Vyollon” (em 1523) e “Violon” (em 1556). O termo “Violino” aparece na Itália em 1538 e “Violin” na Inglaterra somente em 1572. Os nomes dos mais antigos construtores de violinos são em sua maior parte desconhecidos.O que se sabe, porém, é que estes também eram construtores de Alaúdes (Alaúde em francês = Luth. Daí o termo Luthier, que designa o construtor deste tipo de instrumento). De outra parte, sabe-se que não era incomum que os próprios músicos construíssem seus instrumentos de cordas. O mais antigo documento que cita a construção de instrumentos como profissão independente surge em Paris, onde, em 1292, são registrados os “féseurs de vielles” (construtores de Vielas).
O violino é um dos mais agudos instrumentos musicais. Seu timbre brilhante e inconfundível o torna parte fundamental de qualquer orquestra. Talvez seja por esses motivos que muitos o chamem de o “rei dos instrumentos”.
O contrabaixo é considerado um primo afastado do violino. Ao contrário do que se pensa, o contrabaixo não vem do violino, mas da viola da gamba. O violino possui quatro cordas, com afinação da mais aguda à mais grave.
O timbre do violino é agudo, brilhante e estridente, mas dependendo do encordamento utilizado, podem-se produzir timbres mais aveludados. O som geralmente é produzido pela acção de friccionar as cerdas de um arco de madeira sobre as cordas. Também pode ser executado beliscando ou dedilhando as cordas (pizzicato), pela fricção da parte de madeira do arco (col legno), ou mesmo por percussão com os dedos ou com a parte de trás do arco.
De fato, o mesmo surgiu entre o fim do século XVI e o início do século XVII, como uma evolução da rebec, vielle e da lyra da braccio, instrumentos que marcaram a música no fim da Idade Média e início do Renascimento. 

Contudo, podemos dizer que a história do violino se inicia mais cedo.
Toda a invenção do violino foi conduzida pelas raízes do instrumento milenar chines erhu, e tambem o nefer egípcio, o r'jenn sien chinês. as raízes destes instrumentos foram os instrumentos de cordas friccionados por arco mais antigos já descobertos.Tais instrumentos foram base para a criação de inúmeros outros, conforme as necessidades acústicas que iam surgindo.

Os primeiros violinos eram fabricados na Itália.
A sua criação é atribuída ao italiano Gasparo de Salò. 
Durante duzentos anos, a arte de fabricar violinos de primeira classe foi atributo de três famílias de Cremona: Amati, Guarneri e Stradivarius. Embora tenha permanecido praticamente o mesmo durante vários séculos. A partir do século XIX modificou-se apenas a espessura das cordas, o uso de um cavalete mais alto e um braço mais inclinado. Inclusive, a forma do arco consolidou-se aproximadamente nessa época. Originalmente com um formato côncavo, o arco agora tem uma curvatura convexa, o que lhe permite suportar uma maior tensão das crinas, graças às mudanças feitas pelo fabricante de arcos François Tourte, a pedido do virtuose Giovanni Battista Viotti, em 1782.

Na orquestra, o líder do naipe de primeiros-violinos é chamado de spalla. Depois do maestro, ele é o comandante da orquestra. O spalla fica à esquerda do maestro, logo na primeira estante do naipe dos primeiros-violinos.


A utilização da crina animal aparentemente não faz parte deste primeiro estágio de sua construção e, até os dias de hoje, não foi possível encontrar indícios sobre o uso do arco na música da Antiguidade Clássica. Admite-se, no entanto, que o arco tenha sido importado da Ásia pelos árabes ou pelos povos nórdicos. Sobre sua evolução, se ela haveria ocorrido no norte da Europa, Oriente Médio, Índia ou Ásia Central, pouco se sabe. O mistério permanece... Talvez o arco tenha surgido em vários lugares, assim como ocorreu com várias das grandes descobertas fundamentais da humanidade.

Desde o século XI encontram-se na Europa os dois tipos principais de instrumentos a arco:
instrumentos cuja caixa de ressonância é piriforme (semelhante ao formato de uma pera, abaulados).
instrumentos de corpo plano, oval ou elíptico, cujo tampo, pouco abaulado era ligado ao fundo por peças laterais.
O ravanastron (instrumento que teria pertencido a um rei indiano, 5 mil anos A.C), o rabab ou rebab (Instrumento muito antigo, utilizado principalmente na Pérsia, Arábia e Norte da África) a rabeca (instrumento medieval da Europa meridional, cuja utilização se deu a partir do contato com mercadores e artistas muçulmanos, também conhecida na França pelos nomes de rubebe, rebel ou rebec...) e ainda muitos outros instrumentos mais ou menos rudimentares, porém muito antigos, são considerados precursores do violino.

Na Idade Média, desde o século XI encontram-se na Europa a viela e a rotta (do original em italiano), uma simples representação da cítara antiga.A fim de a utilizar como instrumento de arco e de reproduzir diferentes sonoridades com o efeito de se encurtar o comprimento das cordas, foi colocada uma peça lisa de madeira (no violino, viria a ser conhecida como “espelho”), entre a caixa de ressonância e a barra transversal superior da cítara.
Ao longo dos séculos X e XI,a rota já havia se disseminado por toda a Europa Central (como o testemunha nossa iconografia), e veio a ser suplantada pela viela somente no século XII. A partir daí, surgem outros pequenos instrumentos apoiados sobre o ombro esquerdo ou contra o peito do instrumentista, e não mais unicamente sobre os joelhos, como era habitual.

A partir do século XII encontramos uma forma ligeiramente “chanfrada”, semelhante à do violão moderno, e que representava a última fase de evolução da viela. Já na Idade Média, este instrumento passa a ocupar um lugar preponderante, o que pode ser explicado por sua maneabilidade, alcance sonoro, bem como a possibilidade que ele oferece de produzir facilmente uma grande variedade de notas.
O número de cordas passa logo de uma ou duas, para três ou quatro. Desde o início do século XII, encontra-se a forma clássica da viela a cinco cordas, que se conservará até o século XVI. Pouco a pouco foram introduzidas as madeiras laterais, a fim de se melhor utilizar o arco. De certa forma, gradualmente estes instrumentos de cordas típicos da Idade Média passam a dar lugar à Viole de la Renaissence (viola da renascença), de início construída com um furo redondo no tampo superior que, pouco a pouco, se transforma em dois orifícios em forma de “C”.
Antes mesmo do ano de 1500 aparecem diversas combinações destes tipos primitivos citados até aqui: três outras famílias de instrumentos, a saber, a Viola da Gamba, a Lira da Braccio e a Viola da Braccio, e é desta última família de onde surgirá o violino.
A Viola da Braccio resulta da redução do número de cordas da viela , da adoção do cavalete, das cravelhas laterais, assim como, a afinação em quintas, que são características da rabeca e que melhor convêm a pequenos instrumentos de braço, uma vez que permitem uma melhor maneabilidade e utilização dos quatro dedos da mão, aumentando assim a extensão do número de notas. Percebe-se que as laterais são muito mais baixas que as da Viola da Gamba e suas curvas se tornam mais acentuadas. Quanto aos dois orifícios, que no início eram ainda na forma de “C”, adquirem rapidamente a forma “f”, assim como se vê nos violinos.

O surgimento do violino em sua forma definitiva se situa entre 1520 e 1550, no norte da Itália, tendo a cidade de Milão como centro. Dentre os primeiros lutieres, desta região, citamos Giovan Giacomo Dalla Corna (1484-1530) e Zanetto de Michelis da Montechiaro (1488-1562) de Brescia, que construíam Alaúdes, Liras e instrumentos semelhantes (como está claro, não se tratavam de construtores de violinos).

Dentre os instrumentos cujas datas são conhecidas, temos dois violinos de Andrea Amati (nascido entre 1500 e 1505, morto em 1576 em Cremona), construídos entre 1542 e 1546 que, de forma primitiva, possuíam apenas três cordas. Somente a partir de 1555 encontram-se documentos que provam a existência do violino a quatro cordas (o primeiro a quatro cordas de Amati data justamente deste ano de 1555).
O ano de 1560 remonta à grande encomenda feita pelo rei da França Charles IX a Amati, encomenda que contava com 38 instrumentos, sendo 24 violinos, 6 violas e 8 violoncelos, dois destes instrumentos se encontram atualmente no museu Ashmolean em Oxford.
Os Estados independentes do Norte da Itália mantinham estreitas relações políticas com a França desde o reinado de Fraçois I (cujo reinado data de 1515 a 1547) o que explica a encomenda feita a Amati e a rápida expansão do violino neste último país.
A famosa Escola de Cremona se perpetua com Antonio Amati (1555-1640?), Girolamo Amati (1556-1630) e o filho deste último, Nicola Amati (1596-1684). Em Brescia, o primeiro grande mestre foi Gasparo de Bertolotti da Saló (1540-1590). Giovanni Paolo Maggini (1580-1632) foi seu aluno mais importante.
A Escola de Brescia declina após Maggini, ao passo que Cremona conserva seu incontestável primeiro lugar. Os alunos de Nicola Amati foram Girolamo Amati II (1649-1740), Andrea Guarneri (1626-1698), G.B Rogeri (1666-1696), Francesco Ruggieri (1645-1700), Paolo Grancino (1655-1692) e provavelmente também Antonio Stradivari (1644-1737).


A primeira fábrica de violinos foi fundada por volta do ano de 1790 em Mirecourt, França, por Didier Nicolas. Em seguida, outras cidades europeias passaram a se dedicar à produção em massa de instrumentos de arcos.

Ainda em 1800, as tentativas de adaptação do violino ao novo estilo não obtém nenhum sucesso, mesmo considerando alguns trabalhos de aperfeiçoamento. Estas tentativas devem ser consideradas como produtos do espírito novo que reina na Europa após a revolução Francesa (1789-1815). Estas tentativas não poderiam se impor, pois o novo contorno proposto para o violino lhe conferia um timbre diferente, que não correspondia ao ideal esperado pelos músicos. De outra parte, o retorno às formas antigas presenciado durante o romântico século XIX logo intervém. A imitação dos estilos de tempos antigos (Neo-Gótico, Velho Estilo Alemão e Neo-Barroco) atingiu seu apogeu.
A partir de então, os lutieres passaram a comprar um grande número de violinos antigos italianos e começaram a especular. Sem distinção, aceitavam tudo que lhes era oferecido, tanto bons instrumentos quanto ruins. Os lutieres em atividade se viram forçados a "envelhecer" seus instrumentos para poder facilitar a venda. Para isso, algumas técnicas começaram a ser adotadas para acelerar o envelhecimento (esfumar a madeira ou utilizar produtos químicos). Em seguida, surge uma série de experiências sobre a aplicação do verniz. Com o tempo se multiplicaram as tentativas de encontrar as antigas composições de verniz e colorações. Houve resultados consideráveis sobre pequenas partes, mas jamais sobre todo o corpo do instrumento. Uma prova de que a arte de aplicação do verniz depende menos do material do que da mão treinada e do olho conhecedor do lutier.

A evolução perniciosa que segue ao longo do século XIX produz um grande número de imitações e falsificações. Conta-se que J.B Vuillaume copiou o Guarnerius de Paganini tão fielmente que nem o próprio Paganini conseguiu reconhecer o original à primeira vista. Da mesma forma, o Stradivarius chamado "Balfour" se revelou mais tarde ser obra de J.B. Vuillaume.
Estes fatos testemunham o talento que possuíam e possuem certos lutieres modernos. É lamentável que um gênio como Vuillaume tenha se limitado a copiar.
Seus Violinos "Vermelhos" típicos estão entre as maiores maravilhas da Luteria. Assim, novas obras-primas aparecem, mas que não passam, na verdade, de cópias ou imitações livres de instrumentos antigos.
Um novo desafio surge ao início do século XX, em decorrência do interesse crescente trazido pela música barroca.
Como os violinos antigos que não sofreram alterações despareceram completamente, ou pelo menos não existiam mais em número suficiente, passou-se a construir violinos de acordo com a concepção clássica. Tais instrumentos foram apresentados pela primeira vez em 1930.

Ainda hoje, há lutieres que fabricam belos e sólidos violinos de maneira inteiramente artesanal. Apesar da existência de procedimentos industriais cujos resultados são frequentemente catastróficos, sob todos os pontos de vista. O violino, instrumento infinitamente complexo  tem necessidade de todo amor de um lutier que saiba aliar a uma longa experiência,paciência, minuciosidade, habilidade e intuição, para que este se torne tudo aquilo que se espera de um instrumento de tão rica evolução.

É desta forma que, ao longo de séculos, o violino propriamente dito vai adquirindo sua forma. Como é possível constatar, suas origens são muitas, cada uma de suas partes é resultado de um processo evolutivo, de maior ou menor complexidade, cujo início é difícil de se determinar.Cada uma de suas partes tem, portanto, sua história. Instrumento de genealogia caótica, o violino é um “todo em si mesmo”, reunindo em um só instrumento muitos destinos.




                                                      Nome das partes do violino




Em outro post falarei sobre o Stradivarius.

Fonte: http://www.comotocarviolino.com/
http://www.historiadetudo.com/violino.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_violino

Que sejam eternos os 17.

By: Gothic Vampire.

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