A floresta sussurra a dor de um coração partido
E suas mãos verdes balançam pra La, e pra Ca
A clareira se abre, e a dama de negro esta sob seu manto
Abraçada a mãe terra que lhe conforta
Suas lagrimas tornam-se gelo
No frio que lhe embala
Seus olhos fixos ao céu só vêem seu rosto
E a raiva faz seu sangue ferver
O vento acaricia sua pele como se não existisse
E a ausência de sentimento toma-a como vinho
Ela correu pela floresta
Aos tropeços de seus troncos
Ela sujou-se em sua lama
Perdendo seu melhor vestido
Ela gritou sobre sua relva
E a resposta foi o silencio
O gelo se partiu em partes iguais
Derretendo seus olhos para o tumulo
Os insetos não a picavam
As arvores não falavam
Os pensamentos cantavam com língua das fadas
Palavras não são necessárias
O rugir delas surge apenas como desafinação
A parte que se vai, planou em cinzas
E o corpo que ficou suspirou em confusão
O rosto de sua dama tornou-se criatura
E seus dentes cravaram no espelho sem alma
Os animais a rodeiam em espirais melancólicas
Porque embora o sol estivesse alto ao céu
A noite adentrou seu espírito.
By: Kami GV.
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