terça-feira, 28 de outubro de 2014

Poema - Dores não gritadas





Dores não gritadas 

Sou a imperfeição que nele habita
Uma sombra fosca
Uma voz que não grita
Batendo contra o vidro como inútil mosca 

Tenho tentado fugir
Por caminhos escondidos
Sem saber onde ir
Meus pensamentos tornan-se perdidos

E olhando a ardente chama
Espero a resposta certa
De mãos cruzadas sou a moça que clama
Por uma porta ou janela aberta

Mil coisas estão a ir e vir
Lagrimas a escorrer
Coração se dividir
Um pulso cortado e a vida descer

O feto chora pelo abraço quente
As mãos alcançam o nada
Esta aqui ou em minha mente?
É só mais um grito na calada

Caneta e papel 
É a escuta da dor
Letras soltas ao Léo
Sopradas pra onde for

E minha mente é somente confusão
Palavras não escritas, dores não gritadas
Um risco sem emoção
Uma estatua viva parada

O vermelho dos olhos chega a doer
Sal e água inundam
Lagrimas tristes a escorrer
E na escuridão da palma afundam. 


E para finalizar a quem critica meus poemas, (mas nunca diretamente a mim) começarei a deixar ESSA frase a vocês :)

""Defino a poesia das palavras como criação rítmica da beleza. O seu único juiz é o gosto." 
Edgar Allan Poe.

By: Kami GV.

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