Então nascemos no berço da ignorância. Pessoa que escutam mas na verdade não ouvem, pessoas que enxergam mas na verdade não vêem. Nunca nascemos onde realmente deveríamos, as raças das almas se chocam dia sim dia não, querendo você ou não, e então os cães raivosos mostram seus dentes e perfuram sua carne com apenas uma agulha. Nada é como queríamos que fosse, nem as pessoas, nem as aparências, nem os amigos. Talvez nem nós mesmos.
Posso gritar a altura de um trovão e nem os mais aptos conseguem ouvir o que digo, apenas estão em sua roda infinita e banal.
A união em que nos colocam, não entende, o mundo em que nos colocam não entendem, e no fim você não viveu demais pra ser entendido, é apenas uma criança mal compreendida pela vida. Mas a morte a abraça como antiga amiga.
É cansativo o querer se enquadrar, é cansativo fazer quererem ouvir, é cansativo esse mundo, essas regras, essas leis, essas energias... É cansativo.
Será que faço realmente parte do corpo que habito? Ou minha alma é apenas um intruso que trombou em um poste? De concreto, de pedras, mas pedras de poeira.
É cansativo...
No fim você não viveu demais, VIVER.
São apenas discussões são apenas ilusões do que é e não do que poderia ser, são apenas tintas borradas em um quadro negro sem forma. As lagrimas descem negras, o coração pulsa dor.
Vocês não acham?
Imagino o abraço do universo como si mesmo, imagino os lábios como verdadeiros, imagino as mãos das estrelas, mas só o que vejo é piche, desfigurado em carrancas mal feitas, que de má, nada afastam.
Ninguém nunca vai enxergar pelos olhos dos outros, e nesse tempo entendo os suicidas, que com um corte, tudo é sugado.
Me vejo parada diante do espelho e o que vejo...nada vejo.
By: Kami GV.
Nenhum comentário:
Postar um comentário