sexta-feira, 7 de junho de 2013

Inerte 

Meus olhos opacos olham a luz sem seu reflexo refletir
Minhas mãos em apoio demonstram tédio ou talvez tristeza
Desistência daquilo que se chama vida
Posso ouvir o som desenrolando e ainda tudo que faço é monótono 
Meu corpo já dói pelo problema indesejado
Mal parece sofrimento pelo tão grande cotidiano 
Queria ser vento
Balançado pelas mãos do coordenador induzindo-me a relva
O que a grandes mestres é dado?
O que seus belos olhos,
Seus talentosos ouvidos,
Suas majestosas mãos são gratificadas?
A terra fria cobre seus corpos inertes sobre o tumulo
Seus nomes circulam?
Sua alma vive?
Que desejo ramificado em semblante tão angelical 
Debruçado em águas correntes do invejável
A raiva me da azia 
E posso ver minhas mãos em sangue no pesadelo da mente 
Deslizando pelo corpo de mármore sobre o rio 
Que desgraça maçante em belos trajes 
Que pecado desonroso em formosas palavras
O ato é ato 
O desejo, repensado
O fim é fim
E mesmo assim os dedos de meus pensamentos deslizam sobre meu rosto frio
Meus olhos...
Não estão la. 

Que sejam eternos os 17.
By: Gothic Vampire. 

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